Ronaldo, dono do Cruzeiro, fala contra manipulação e manipulação de resultados

O ex-jogador de futebol brasileiro e proprietário do SAF do Cruzeiro, Ronaldo Nazário, se manifestou contra o recente aumento de esquemas de apostas no futebol brasileiro por meio de uma nota em suas contas de mídia social.

Enquanto Ronaldo condena as atividades fraudulentas que vêm ocorrendo, ele também defende a legalidade das apostas esportivas no Brasil. O Fenômeno pediu a regulamentação do setor para evitar que incidentes semelhantes aconteçam no futuro.

A postura de Ronaldo

Ronaldo defendeu a regulamentação do setor de apostas no Brasil e a punição de atletas e apostadores envolvidos em manipulação de resultados. Ele expressou sua decepção com os jogadores que participam de atividades fraudulentas que arruinam a imagem do esporte e desacreditam atletas inocentes.

O bicampeão da Copa do Mundo escreveu um longo post em sua conta no Twitter em 13 de maio, explicando sua posição sobre a situação atual.

“Eu não poderia deixar de me posicionar após as últimas notícias lamentáveis sobre o envolvimento de atletas em esquemas de manipulação de lanças e resultados”, escreveu ele.

“Como ex-jogador, acionista de dois clubes e entusiasta do futebol, é claro que me entristece muito ver a história do espEorte ser manchada dessa forma; as atividades fraudulentas de alguns descredibilizando os muitos outros sem quaisquer envolvimentos; a falta de ética, princípios, integridade e, sobretudo, de respeito ao torcedor por parte dos envolvidos sujando a imagem do futebol como um todo.”

A R9 acredita que, apesar da situação sombria, apresenta uma oportunidade de crescimento para a indústria do futebol e fornecerá informações significativas sobre o mercado de apostas esportivas. Ele também elogiou a operação policial, que trabalha com clubes para retirar os envolvidos com agilidade.

“Por outro lado, é um alívio ver uma operação saborosa como essa se começar na ação rápida dos clubes em apoio às autoridades competentes para afastar quem deve ser afastado, investigar o que deve ser investigado e punir quem deve ser punido, em prol do verdadeiro futebol, maior que tudo isso. O jogo limpo, ético, sem manipulação e com total respeito ao que temos de mais valioso: a torcida.”

Ronaldo encerrou seu post enfatizando que, apesar de condenar as manipulações das partidas esportivas, as casas de apostas também são vítimas desses esquemas fraudulentos.

“Como empresário, não posso também deixar de frisar que o negócio de apostas é uma atividade legalizada cuja indústria, tal qual o esporte, é vítima – e não culpada – por crimes de terceiros que integram esses esquemas. As casas de apostas sofrem, inclusive, grandes prejuízos com as manipulações”, escreveu em seu Twitter.

Penalidade Máxima

A luta contra esquemas de viciação de resultados e apostas no futebol brasileiro atingiu um novo marco com a Operação Penalidade Máxima. A operação, que começou com denúncias contra o Vila Nova Futebol Clube de Goiás, rendeu meses de investigações, prisões preventivas e muitos jogadores sendo investigados ou indiciados pelo Ministério Público.

Atualmente em sua segunda fase, a operação se expandiu para envolver 26 indivíduos que foram implicados no esquema por meio de novas investigações pelas autoridades.

Entre os jogadores estão o zagueiro Allan Godói, do Operário-PR, o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, o lateral-esquerdo Igor Cariús, do Spor Recife, o lateral-esquerdo Ygor Catatau, do Sepahan, e o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense. Embora nomes adicionais sejam mencionados na investigação, eles não foram listados como alvos neste momento.

Na última quarta-feira, o Cruzeiro agiu contra o meio-campista Richard Coelho, acusado de manipulação de resultados. Apesar de Coelho não estar sob investigação da Penalidade Máxima, as conversas do atleta com apostadores foram incluídas na denúncia apresentada pelo Ministério Público de Goiás.

Segundo os prints encontrados na investigação, quando jogava pelo Ceará, Coelho teria recebido um depósito de R$ 40 mil para receber um cartão amarelo durante partida contra o Cuiabá, que terminou empatada em 1 a 1.